19 dezembro 2012


Quanto vale uma pitaia? Ou sorbet de pitaia

Eu nunca ouvi  falar..mas existe essa fruta  que parece ser uma delicia , além do que é um emagrecedor. Vale a pena conferir um bocadinho sobre essa fruta que com certeza, muita gente não  conhece.....

Matéria encontrada no blog:
www.come-se.blogspot.com
sorbet-de.html
No Mercadão este mesmo tipo de pitaya estava por R$ 70,00 o quilo, no Ceagesp de domingo estava 4 por R$ 10,00 (o que daria mais ou menos R$ 7,00 o quilo)

Como disse no post anterior, fiquei horrorizada com o quilo da pitaia no Mercadão. A amarela, R$ 120,00 o quilo: a vermelha, R$ 90,00 e a de polpa branca, como esta, R$ 70,00. Aí fui ao Ceagesp e paguei R$ 5,00 por 2 unidades. Cada uma tinha cerca de 350 gramas, o que daria mais ou menos R$ 7,00 o quilo. Vale lembrar que aproximadamente 130 gramas correspondem à casca e 220 gramas, a polpa. Se, provavelmente, o provedor de pitaias das bancas do mercadão é o mesmo do feirante do Ceagesp, o que justifica tamanho disparate? A fruta é boa e linda de morrer, mas não é lá nenhuma uvaia, uma graviola, um cajamanga. Ah, isto não é. Então, pagar até 5 reais por um fruto de 350 gramas, tudo bem, é preço justo. Mas gastar R$ 30,00 já ultrapassa os limites do bom-senso (assim como rechear um pãozinho com tudo aquilo de mortadela). Uma pena, porque eu amo aquele mercado.
Enquanto isso... nosso cajamanga nativo, 10 frutas por R$ 2,00!
Um pouco sobre a pitaia
Recebem o nome de pitaia ou pitaya os frutos comestíveis de várias espécies de cactos, entre eles o Hylocereus polyhizusHylocereus undatusStenocereus gummosusStenocereus thurberiPachycereus pringleiPachycereus pecten entre outros. Nativos da América tropical, os cactos que produzem a pitaya crescem livres, às vezes espinhentos e selvagens nas regiões mais áridas e quentes dos Estados Unidos, México, Nicarágua, Colômbia e outros países da América central e do sul.
No México, o fruto é encontrado em toda a faixa costeira do Pacífico e parece uma caixinha de surpresa, afinal ninguém pode supor que uma fruta tão rústica por fora, de casca forte e grossa, embora flexível, possa estar protegendo uma polpa tão delicada, leve e refrescante. As sementes pequenas, pretas e crocantes pincelam decorativamente toda a polpa. É muito doce e levemente perfumada, mas faz falta talvez uma pitada de acidez, que, afinal, pode ser corrigida com gotinhas de limão.
Vêm da Côlombia a maioria dos tipos de pitaya encontrados no mercado atualmente (branca, amarela ou vermelha), mas elas também produzem bem no Brasil. Eu mesma já plantei uma destas centenas de sementinhas e logo nasceu um cactozinho. Levei há alguns anos para o sítio e lá já produziu alguns frutos, do amarelo, sempre devidamente comidos por passarinhos antes da minha chegada. A flor é a coisa mais deslumbrante, daquelas, como tantas outras de cactos, que só abrem à noite, para morrer na manhã seguinte. Eliana viu a pitaia e disse que é bem parecida com o fruto de mandacaru, também um cacto, lá do sertão e que é docinha, mas ninguém come. Preferem dar aos passarinhos.
Nos países onde as pitayas são abundantes elas são usadas em pratos doces e salgados. A polpa fresca, em compota ou congelada, pode ser usada em sorvetes, recheios, sucos, musses, gelatinas e coquetéis de frutas. Em fatias ou bolinhas ficam lindas em saladas verdes. Ou de frutas.
Aproveitei a raspinha macia com cor de guaraná-jesus da parte interna da casca para dar colorido ao sorbet, que fui fazendo à minha moda. Esta polpa colorida também tem viscosidade cactácea suficiente para servir de espessante e deixar cremoso o gelado.

É só partir os frutos ao meio, tirar a polpa branca com uma colher grande ou fazer bolinhas com boleador e depois raspar a polpa mais molinha e colorida da casca. O ideal é nunca bater a polpa no liquidificador mas simplesmente passar por peneira. Por dois motivos: primeiro porque as sementinhas são decorativas e não devem ser destruídas e outro, porque elas têm forte efeito laxante. Melhor é mastigar apenas uma ou outra e deixar as outras passarem direto e reto. O sorbet ficou delicado, bem gostoso. Segundo a Eliana, dá pra comer.


Sorbet de pitaia

6 colheres (sopa) de açúcar
3 colheres (sopa) de água
2/3 de xícara de polpa colorida da casca (bata com mixer antes de medir)
1 xícara de polpa branca de pitaia (passada por peneira antes de medir)
2 colheres (sopa) de suco de limão

Numa panela coloque o açúcar e a água e leve ao fogo. Mexa e deixe só até derreter e formar um xarope. Deixe esfriar. Junte a polpa colorida e misture bem. Junte a pitaia passada por peneira e as sementinhas retidas. Acrescente o suco de limão e misture bem. Coloque na máquina de sorvete e deixe até gelar. Ou coloque numa tigela de inox, leve ao congelador ou freezer e deixe até congelar - mexa de vez em quando. Sirva as bolas com cubinhos de pitaia banhadas em suco de limão ou com salada de frutas.
Rende: 4 porções